Canal Assombrado - Edward Mordrake: o homem da face demoníaca
Ana Paula, do Canal Assombrado, apresenta o caso de Edward Mordrake, o sujeito conhecido como “o homem da face demoníaca”, um dos casos mais perturbadores, misteriosos e trágicos atribuídos à teratologia do século XIX.
Adicionado a 17 de dezembro de 2025 Valewson Vídeos Descrição completaDescrição completa
Este é um vídeo clássico do tão querido Canal Assombrado, onde foi publicado originalmente em 27 de agosto de 2014, onde a Ana Paula nos apresenta, com muita eloquência, um dos casos mais perturbadores e trágicos atribuídos à teratologia do século XIX: o de Edward Mordrake, o sujeito conhecido como “o homem da face demoníaca”.
Mais do que uma história de terror, trata-se de um relato marcado pela solidão, pelo sofrimento psicológico e por um mistério que atravessa gerações.
Uma anomalia além do compreensível
Casos de deformidades congênitas sempre existiram, e, ao longo da história, nasceram pessoas com membros duplicados, gêmeos siameses e outras formações raras, muitas das quais, hoje, podem ser tratadas ou amenizadas com cirurgia. No século XIX, porém, essas condições eram pouco compreendidas e frequentemente exploradas em freak shows e circos de horrores.
Edward Mordrake se destacava mesmo nesse contexto. Ele não possuía duas cabeças completas, mas sim uma segunda face localizada na nuca, e não se tratava apenas de uma má formação comum: aquela face era descrita como flácida, desfigurada e profundamente inquietante. Algo nela causava desconforto imediato em quem a observava, a ponto de o próprio Edward classificá-la como demoníaca.
Um homem culto, talentoso e condenado ao isolamento
Apesar da deformidade, Edward não era um marginal social. Pelo contrário: era herdeiro de um importante título de nobreza na Inglaterra, embora jamais o tivesse reivindicado, e, fora a face na nuca, era descrito como um homem belo, culto, músico talentoso e um brilhante fidalgo. Tudo indicava que poderia ter levado uma vida plena e respeitável.
Esse destino, porém, foi inviabilizado pela presença constante daquilo que ele considerava a maldição de sua existência. Conta-se que a face não se alimentava nem falava de forma convencional, mas era capaz de rir e chorar, o que por si só já causava espanto. Relatos afirmam que seus olhos expressavam inteligência e raiva, acompanhando lentamente as pessoas ao redor, como se as estudassem, enquanto outros descrevem um sorriso sarcástico que se formava aos poucos, tornando quase impossível sustentar o olhar por muito tempo.
O tormento psicológico da “face do mal”
Para Edward, o sofrimento não era apenas social, mas profundamente íntimo, e relatava que, quando estava triste, a face sorria; em alguns momentos, chegava a gargalhar. Durante a madrugada, era acordado por sussurros, palavrões e choros enlouquecedores, que atribuía à face deformada, episódios constantes que teriam contribuído para um estado de angústia e desespero permanente.
Desesperado, Edward procurou diversos médicos, implorando pela remoção da face, mas todos foram unânimes que a cirurgia seria fatal: não havia como separá-la de seu corpo sem que ele morresse no processo. Condenado a conviver com aquilo que chamava de “demônio”, Edward se isolou cada vez mais.
Um fim trágico e um último pedido
Aos 23 anos, incapaz de suportar o tormento, Edward Mordrake tirou a própria vida. As versões divergem: alguns dizem que ele se envenenou; outros, que disparou um tiro diretamente entre os olhos da face demoníaca. O que permanece incontestável é o conteúdo de sua carta de despedida, na qual escreveu:
“Peço que retirem esse demônio de meu corpo antes que me eternizem em terra, pois pretendo e solicito dormir a eternidade sem os lamentos do inferno.”
Seu pedido foi atendido pelos médicos Manvers e Treadwell, que já acompanhavam o caso. Edward foi enterrado em uma cova simples, sem lápide, sem escultura ou qualquer marca — tudo conforme sua vontade. Ele não queria deixar vestígios, nem na vida, nem na morte.
Lenda, fato histórico ou algo entre os dois?
Até hoje, pairam dúvidas sobre a historicidade do caso. Sabe-se que Edward Mordrake teria vivido no século XIX, mas não há registros precisos de nascimento ou documentação médica detalhada, apenas uma fotografia amplamente divulgada, além de representações posteriores em cera e pintura. Isso leva alguns a questionarem se o caso é totalmente real ou uma lenda que ganhou força ao longo do tempo.
Ainda assim, a história deixou marcas na cultura. Tom Waits compôs a canção Poor Edward, inspirada em sua tragédia, e o compositor Erling Wold criou a ópera Mordrake, estreada em San Francisco em 2008.
Um horror que desperta compaixão
Independentemente de sua origem factual ou lendária, a história de Edward Mordrake permanece poderosa porque une horror e humanidade, sendo mais do que um caso bizarro: o retrato de alguém que teria sido condenado a viver em conflito com o próprio corpo, sem possibilidade de alívio. Um homem que, mesmo cercado de privilégios, encontrou apenas sofrimento — e que pediu, como último desejo, silêncio e paz.
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Visão geral
- Duração: 09:32
- Categoria(s): Vídeos
- Canal: AssombradO
- Marcador(es): Curiosidades, Jogos de Zumbi, Mistério
- Postado por: Valewson

