Street Fighter II: Turbo Hyper Fighting vs. Rainbow Edition
Vídeo que compara duas edições do clássico Street Fighter II': Champion Edition — Turbo Hyper Fighting e Rainbow Edition — o momento quando uma versão “fora da lei” ajudou a moldar um dos capítulos mais importantes de Street Fighter II.
Atualizado a 20 de dezembro de 2025 Valewson Vídeos, Gameplays Descrição completaDescrição completa
Este vídeo compara duas edições do clássico Street Fighter II’: Champion Edition — Turbo Hyper Fighting e Rainbow Edition — e é parte do trabalho de “arqueologia digital” que fazemos aqui, ao recupera e reorganizar de conteúdos antigos que, embora não tenham grande relevância imediata hoje, possuem um núcleo de valor histórico e cultural que merece ser preservado.
O texto original foi publicado no blog Contos do Mausoléu, escrito por LichKing, em 4 de janeiro de 2015, e girava em torno de um vídeo produzido para o canal da Gaming Room, onde foi publicado dois dias antes, comparando duas versões fundamentais — e muito diferentes — de Street Fighter II’: a oficial Street Fighter II’: Turbo – Hyper Fighting, da Capcom, e a emblemática versão bootleg Rainbow Edition, uma daquelas máquinas que ganhou apelido no Orkut de “Street Fighter de Rodoviária”, embora ela fosse vista, naqueles tempos, em diversos arcades, até de shopping centers.
O vídeo e o contexto original
No post original, o autor explica:
“Este é um vídeo que eu fiz e carreguei para o canal da Gaming Room do YouTube para ilustrar esta publicação do site: Um Pouco Sobre Street Fighter 2′ Turbo: Hyper Fighting, que fala que a ideia para este jogo da Capcom foi tirada depois que um empregado jogou uma daquelas versões doidonas do Street Fighter II’ em algum fliperama.
Fazer vídeos dá uma trabalheira danada, mas eu gosto. E cada vez que eu faço um, aprendo algo novo.”
O vídeo em questão foi publicado com a a proposta de ser uma comparação direta, em arcade, entre a modificação oficial da Capcom (Hyper Fighting) e a versão não oficial que teria servido de inspiração, a Rainbow Edition. Em algumas seções, o vídeo utiliza como trilha a música Shou Ken, uma versão da trilha sonora do Ken feita pela banda MegaDriver.
Street Fighter II’: Turbo – Hyper Fighting (1992)
Lançado em 1992, Street Fighter II’: Turbo – Hyper Fighting (conhecido no Japão como Street Fighter II Dash Turbo) é a terceira edição de Street Fighter II, sucedendo The World Warrior e Champion Edition.
Originalmente distribuído como um kit de upgrade para placas de Champion Edition, o jogo introduziu mudanças cruciais:
- Velocidade de jogo significativamente maior, exigindo timing mais preciso
- Ajustes finos no balanceamento dos personagens
- Novos golpes especiais, incluindo:
- Ryu e Ken podendo executar o Hurricane Kick no ar
- Chun-Li ganhando o Kikoken e o Spinning Bird Kick aéreo
- Dhalsim recebendo o Yoga Teleport
- Blanka com um ataque rolante vertical
- Zangief com o Turbo Clothesline
- E. Honda com o Super Body Slam antiaéreo
Foi também o último Street Fighter II de fliperama a rodar no hardware CP System (CPS-1 ou alguma de suas variações) original, antes da transição para o CP System II em Super Street Fighter II.
Street Fighter II’: Rainbow Edition — o bootleg que mudou tudo
Já a Rainbow Edition é uma versão hackeada e não oficial de Street Fighter II’: Champion Edition, desenvolvida em 1992 pelo grupo taiwanês Hung Hsi Enterprise Taiwan. Note que ela foi lançada antes da Hyper Fighting.
Essa versão levou o conceito de exagero ao limite:
- Hadoukens múltiplos em sequência (inclusive em combo)
- Projéteis que “seguem” o oponente
- Golpes especiais no ar
- Troca de personagem no meio da luta ao apertar Start
- Velocidade ainda mais absurda que a de Hyper Fighting
Embora muitos tenham criticado a Rainbow Edition por “substituir habilidade por caos”, ela se tornou um clássico cult, especialmente em fliperamas fora do eixo oficial da Capcom.
Segundo relatos históricos — inclusive confirmados em entrevistas — foi justamente o sucesso da Rainbow Edition que acendeu o alerta dentro da Capcom. James Goddard, que trabalhou no design de Hyper Fighting, afirmou que o desenvolvimento do jogo começou após ele jogar a Rainbow Edition e perceber que a Capcom precisava responder àquilo.
Oficial vs. não oficial — mas historicamente inseparáveis
O confronto entre Hyper Fighting e Rainbow Edition mostra como a história dos videogames nem sempre é escrita apenas pelos estúdios oficiais. Às vezes, versões piratas, hacks e bootlegs acabam empurrando a indústria para frente, forçando evoluções que talvez não ocorressem tão cedo e contrariando a mentalidade estapafúrdia dos arautos do copyright e as alegações de quem realmente lucra com isso.
Este post, agora reorganizado, serve como registro desse momento curioso da história dos games — quando uma versão “fora da lei” ajudou a moldar um dos capítulos mais importantes de Street Fighter II. Você viveu esta época? Deixe suas considerações nos comentários.
VaLeW!
Mais informações e Street Fighter
Visão geral
- Duração: 07:36
- Visualizações: 163
- Categoria(s): Gameplays, Vídeos
- Canal: Gaming Room
- Marcador(es): Curiosidades, Luta competitiva, Street Fighter
- Postado por: Valewson
- Originalmente adicionado em: 4 de janeiro de 2015

