Quatro campeões aposentados que retornaram à Fórmula 1
Vídeo do Projeto Motor sobre quatro grandes campeões aposentados — Nigel Mansell, Mika Hakkinen, Alain Prost e Niki Lauda — que retornaram à Fórmula 1, alguns chegando a realizar testes oficiais, em breves reencontros com a velocidade e a nostalgia.
Adicionado a 13 de novembro de 2025 Valewson Vídeos, Automobilismo Descrição completaDescrição completa
Este vídeo do canal Projeto Motor, onde foi publicado originalmente em 12 de novembro de 2020, conta como quatro grandes campeões aposentados da Fórmula 1 — Nigel Mansell, Mika Hakkinen, Alain Prost e Niki Lauda — retornaram aos carros da categoria, alguns chegando a realizar testes oficiais, em breves reencontros com a velocidade e a nostalgia.
A tentação do retorno
Encerrar uma carreira na Fórmula 1 raramente é simples. Depois de anos vivendo no limite da performance, é natural que muitos pilotos sintam dificuldade em se desligar completamente das pistas. Vimos exemplos como Michael Schumacher, que voltou à ativa em 2010 pela Mercedes, ou Fernando Alonso, que após uma breve pausa em 2018 retornou em 2021 com a Alpine. Mas o vídeo se concentra em quatro nomes que, mesmo já aposentados, flertaram seriamente com a possibilidade de voltar — alguns deles de forma quase competitiva.
Nigel Mansell e o quase retorno pela Jordan
A despedida de Nigel Mansell foi marcada por frustração. Em 1995, o campeão de 1992 enfrentou dificuldades físicas para se adaptar ao carro da McLaren, disputou apenas duas provas e foi dispensado — um final melancólico para uma carreira vitoriosa. No entanto, o “Leão” ainda não havia desistido totalmente.
Em 1996, aos 43 anos, negociou com a Jordan, que buscava um nome experiente para a temporada seguinte. O patrocínio oferecia um salário atraente de cerca de 8 milhões de libras, e Mansell realizou um teste em Barcelona, completando 59 voltas e ficando apenas 0s4 atrás de Ralf Schumacher, já confirmado como titular. O próprio Mansell avaliou suas chances de retorno em “60%”, mas o acordo esbarrou em uma cláusula de performance proposta pela equipe, e o assento acabou ficando com Giancarlo Fisichella, encerrando definitivamente a trajetória do britânico na F1.
Mika Hakkinen e o reencontro com a McLaren
Depois de encerrar sua carreira em 2001, Mika Hakkinen permaneceu ativo no DTM, o que o manteve em forma e alimentou as especulações sobre um possível retorno. Ao fim de 2006, o bicampeão voltou aos cockpits da McLaren em um teste coletivo em Barcelona, destinado a ajudá-lo a compreender as mudanças técnicas e a colaborar com a equipe na transição dos pneus Michelin para Bridgestone.
Com 38 anos, Hakkinen completou 79 voltas e, sem se preocupar com tempos de volta, terminou em último — 3 segundos atrás de Luca Badoer e 2,2s de Lewis Hamilton, então estreante confirmado para 2007. Em tom bem-humorado, o finlandês brincou que preferiria ver a tabela “de cabeça para baixo”, mas destacou que, se forçasse o ritmo com pneus novos, poderia reduzir o tempo em até 2 segundos. Foi seu último momento oficial ao volante de um F1.
Alain Prost e a chance concreta que escapou
Entre todos os citados, Alain Prost teve talvez a oportunidade mais real de voltar à F1. Após conquistar seu tetracampeonato em 1993, o Professor foi sondado pela McLaren para substituir Ayrton Senna em 1994, mas enfrentava dois obstáculos: ainda tinha vínculo contratual com a Williams, e havia dúvidas sobre o desempenho da nova parceira técnica da McLaren, a Peugeot.
Prost participou de três dias de testes em Estoril, registrando 1min13s7, cerca de 1,2s mais lento que o tempo obtido por Senna meses antes. O francês decidiu manter a aposentadoria, e a vaga ficou com Martin Brundle. Ainda assim, Prost continuou realizando testes esporádicos com a McLaren até 1996, quando assumiu um papel de consultor técnico, mas seu verdadeiro retorno à F1 aconteceria em 1997, mas como chefe de equipe, fundando a Prost Grand Prix.
Niki Lauda e o retorno folclórico com a Jaguar
O caso de Niki Lauda (1949 – 2019) é diferente, mas igualmente emblemático. Em 2001, aos 53 anos, o tricampeão austríaco era chefe da Jaguar e decidiu voltar ao cockpit por pura curiosidade técnica. Intrigado com a quantidade de assistências eletrônicas dos carros modernos — controle de tração, câmbio borboleta, direção hidráulica —, ele quis comprovar pessoalmente se “até um macaco conseguiria pilotar um F1 com tanta ajuda”.
O teste ocorreu em Valência, em janeiro de 2002 e, logo na segunda volta, Lauda rodou e precisou ser rebocado. Repetiu o erro ao retornar e, ao fim do dia, havia completado apenas oito voltas cronometradas, girando 15 segundos mais lento que os tempos habituais da Jaguar. Ainda assim, manteve o bom humor, atribuindo as rodadas ao piloto Pedro de la Rosa, que lhe passara os pontos de frenagem. Sua experiência acabou se tornando um dos episódios mais curiosos da história recente da F1.
O fascínio eterno pelas pistas
As histórias de Mansell, Hakkinen, Prost e Lauda mostram como o vínculo entre piloto e pista raramente se rompe por completo. Mesmo depois da aposentadoria, o chamado da velocidade, da técnica e da competição continua ecoando. Alguns chegaram perto de voltar; outros apenas reviveram o passado por um instante. Em todos os casos, o fascínio pela Fórmula 1 falou mais alto — uma paixão que parece, de fato, nunca se aposentar.
E você? Qual seu nível de fascínio com a Fórmula 1? O que achou destas histórias? Gostaria de ter visto quais destes emblemáticos campeões da categoria girando mais num bólido? Deixe seus pensamentos nos comentários pra gente ver o que pega.
VaLeW!
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Visão geral
- Duração: 08:02
- Categoria(s): Automobilismo, Vídeos
- Canal: Projeto Motor
- Marcador(es): Alain Prost, Curiosidades, Fórmula 1, Nigel Mansell, Niki Lauda, Temporada 1994 de Fórmula 1
- Postado por: Valewson

